segunda-feira, 17 de junho de 2013

Hasta la Meia-Noite


É inevitável falar outra vez de cinema.
Faço-o porque entendo existirem razões de peso para voltar ao assunto.
Assisti no fim-de-semana a dois filmes maravilhosos.
Tão bons, tão bons que os coloco entre os melhores que vi nos últimos tempos. Daqueles que, se surgir a oportunidade, devem ser revistos de vez em quando.

O primeiro foi "Antes da Meia-Noite", de Richard Linklater, o mais recente filme da trilogia Before.
As expectativas estavam altas devido à qualidade dos anteriores "Antes do Amanhecer" (1995) e "Antes do Anoitecer" (2004).
Os responsáveis pelo projecto não vacilaram perante a pesada herança e "Antes da Meia-Noite" faz jus aos seus antecessores.
Espero nas próximas décadas acompanhar a história de Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy). Se tudo correr como até aqui, 2022 será o ano em que a trilogia vai deixar de o ser.
Depois de Viena, Paris e Grécia, resta esperar mais uns anitos para saber qual o local em que a acção se vai desenrolar.
Por mim, se a qualidade se mantiver, o filme até pode ser rodado em Tirana, Minsk ou Reiquiavique!


Depois do "Amanhecer" e "Anoitecer" a trilogia fica completa com a "Meia-Noite"


Todos os anos tenho a sorte de apanhar, pelos menos, um filme extraordinário no Festróia. Na 29.ª edição, que chegou ontem ao fim, a pérola teve origem na Bélgica, apesar do título, "Hasta la Vista", poder enganar os mais distraídos. Trata-se de um road movie em que acompanhamos três amigos na casa dos vintes - Jozef (invisual), Philip (tetraplégico) e Lars (tem um tumor no cérebro e move-se em cadeira de rodas) - numa jornada até Espanha com o objectivo de terem as suas primeiras experiências sexuais.
Quem gostou de "Amigos Improváveis" vai-se render a "Hasta la Vista", realizado por Geoffrey Enthoven em 2011.


Um filme que deveria (e merecia) uma estreia em circuito comercial

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