quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Notas soltas

Depois de "Amor dos Babuínos", resolvi pegar nos livros que me foram oferecidos no aniversário. Num ápice li "No teu deserto", de Miguel Sousa Tavares, e, se dúvidas existissem, o senhor tem mesmo o dom da escrita. Sendo filho da mãe, não admira! Pena é que Sousa Tavares não deixe a tarefa de comentador para se dedicar em exclusivo à escrita.
Estou agora com "O Caderno", de José Saramago. Sou daqueles que papa-os todos! Após a descoberta da obra-prima "Ensaio Sobre a Cegueira", tornei-me admirador do senhor. Era impossível que tal não acontecesse depois de tamanho murro no estômago me ter deixado knock-out e ávido por outras tareias igualmente brutais. O registo de "O Caderno" é o de um diário de bolgue, ou melhor, de bordo, que se lê com imenso prazer.
Nestes livros, como n' "O que Sócrates diria a Woody Allen" - não está esquecido - gosto de ler as mensagens escritas por quem me presenteou com estes mimos.
As eleições legislativas já foram, vêm aí as autárquicas. Como sou daqueles que valoriza o acto de votar, talvez pelas experiências relatadas pelos que me são próximos e viveram num período em que ir às urnas era utópico, anseio pelo próximo sufrágio.
Já não há pachorra para as "escutas", nem para os recados trocados entre Cavaco e Sócrates, para o comunicado deplorável do PR ao país (what the hell was that?!), nem para os submarinos... É evidente que tudo isto cheira mal, muito mal! É apenas mais um reflexo do País que somos.
Ontem, quatro Magníficos foram ao Charlot ver "Elegia", filme realizado por Isabel Coixet e interpretado por Ben Kingsley e Penelope Cruz. Um filme triste, que nos faz pensar e reflectir. Sabe bem ver filmes assim.
Por último, quero deixar-vos uma sugestão. Vale a pena clicar no link abaixo e ver o vídeo. Trata-se da festa de lançamento da 24.ª temporada da "Oprah" - nos EUA é Deus no céu e a Oprah Winfrey na terra - feita nas ruas de Chicago. Os convidados eram os Black Eyed Peas e tinham uma surpresa para a apresentadora norte-americana. Quem assistir até ao fim e disser que não teve vontade de dançar, está a mentir à descarada!

http://www.chatadegalocha.com/2009/09/black-eyed-peas-oprah-20-mil-loucos-d/
(Nota - Acho que o blogue "chata na galocha", além de ter um nome bem catita, tem um vídeo com qualidade superior ao do youtube)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Amor dos Babuínos

Várias vezes ouço o recado de que a qualidade dos posts inseridos no blogue tem deixado muito a desejar.
Pois bem, serve o presente para tentar elevar o nível - antes que fique irremediavelmente hipotecado - e corresponder às expectativas de um ou dois leitores mais exigentes do Saudinha.





Quero-vos falar de "Amor dos Babuínos", primeiro romance de Miguel Cardoso Pereira, que tive a oportunidade de ler nas férias. Convém esclarecer que só cheguei a este livro por ser colega de profissão do autor e não por termos qualquer grau de parentesco, apesar da coincidência do apelido.
Quem acompanha o trabalho do Miguel ou com ele priva, como é o meu caso, há muito lhe reconhece o talento. Era mais do que evidente que as linhas escritas diariamente no jornal eram insuficientes para albergar as suas capacidades.
Ao ler "Amor dos Babuínos" custa acreditar que o autor ainda não completou 30 anos. A destreza com que o Miguel desfia o novelo do enredo é admirável. A estória fala-nos de amor e morte. De inseguranças e conflitos. De um homem e uma mulher. As vidas entrelaçam-se... e mais não digo!
A maturidade patente na escrita e as emoções suscitadas nas páginas do romance agarram-nos pelos colarinhos e, por vezes, pelas entranhas. «Podia ser eu», pensei em mais do que uma ocasião. Vão por mim: existem razões mais do que suficientes para partir à descoberta de um autor que tem tudo, garanto-vos, para dar muito que falar.
Nota - O livro foi publicado pela editora 'Temas Originais' e tem um custo de 10 euros. Vale cada cêntimo.
Nota 2 - Não consigo decidir que livro ler a seguir. Há três possibilidades: "O Caderno", "No teu deserto" e "O que Sócrates diria a Woody Allen".
Nota 3 - Na terceira hipótese de leitura, o Sócrates em causa é o filósofo grego e não o engenheiro (?) português.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ir para fora cá dentro

Face à impossibilidade de enviar um postal para cada um dos (assíduos) leitores do blogue, decidimos partilhar algumas imagens das nossas férias. Mais uma vez, rumámos a Norte e recolhemos imagens e experiências que prometem perdurar na nossa memória.
Como nos disse a funcionária da bilheteira do Palácio do Buçaco, essa personagem inesquecível: "bom dia e boa continuação".


Barril de Alva



As margens do Rio Alva ajudaram a refrescar os dias

Não é uma casa na pradaria, mas sim na floresta

Piscina fluvial em estado puro


Vila Cova de Alva


Varanda de tábuas a desafiar a lei da gravidade

A aldeia pousou ao meu lado para a fotografia

Só faltam as fadas e os elfos...

Sandomil


Chovia a cântaros, mas a beleza desta aldeia próxima de Seia não saiu beliscada



Buçaco


O Palácio do Buçaco, tal como a Quinta da Regaleira, foi arquitectado por Luigi Manini

A Mata Nacional da Serra do Buçaco surpreende a cada curva

Peter Jackson podia ter filmado aqui algumas cenas de LOTR. Concordas Manel?


Raquel, diz lá que não faz lembrar a Quinta da Regaleira?




Mealhada



Não comemos leitão, mas garanto-vos que não ficámos mal servidos!




Aveiro



Não resistimos a um passeio de moliçeiro pelos canais da Ria de Aveiro

"Cala-te cão, deixa falar o João". Não trocava o nosso inesquecível cicerone por uma caixa de Ovos Moles (atenção: eu adoooro ovos moles)

Se forem a Aveiro, metam-se num moliçeiro. Vão ver que vale a pena!


Até descobrimos o laço dos Magníficos: o da Ponte da Amizade

sábado, 5 de setembro de 2009

Vindimar ao som dos Deolinda

3 de Setembro (quinta-feira), Festa das Vindimas, Palmela.
Meus amigos, foi um regabofe dos grandes! Meia dúzia de Magníficos lançaram os foguetes e apanharam as canas todinhas. Quatro sadinos rumaram a Palmela para se encontrarem com duas 'palmeloas' e o reencontro, garanto-vos, valeu bem a pena. Até vimos o palmelão mais famoso do país, o "vocês sabem de quem é que eu estou a falar" Octávio Machado.
Que me perdoem todos os presentes, incluindo os Deolinda - que deram um espectáculo para mais tarde recordar -, mas a grande atracção da noite foi a nossa querida Rute. Pois é, apesar de ausente dos nossos reencontros e do cansaço bem visível, trouxe uma energia fantástica à grande noite: saltou, gritou e aplaudiu entusiasticamente. Perante tamanho incentivo, fizemos os possíveis por redobrar a nossa tarefa de contribuir para o espectáculo durante o concerto. Só visto...
Antes do concerto, não puderam faltar os comes e bebes. Eu e o Tiago não tivemos rivais na hora do repasto. O Tiago bateu-se com uma entremeada um pouco mais grossa do que seria desejável, enquanto eu mandei vir uma bela sandocha de courato. Bem que pedi os pelinhos do porco, mas a barba do courato até que estava bem feitinha! Deliciosa...
A Raquel - continuamos à espera da visita à Quinta da Regaleira (promessas!) - conseguiu despistar as manas para se juntar a nós com a sua eloquência de sempre.
A Jaqueline, que olhou para mim no momento da degustação do courato com uma expressão de incredulidade indescritível ("como é possível alguém gostar disso aí!", terá pensado), trouxe à reunião a doçura habitual.
Quem também se juntou a nós, via telemóvel, foi o Girino, que durante muito tempo foi um dos entusiastas da ida a Palmela para assistir ao concerto dos Deolinda. Razões profissionais não permitiram a sua presença física.
Já agora, aproveitamos para desejar bom trabalho a todos os que contribuem por estes dias para a produtividade do país, enquanto nós nos refastelamos "by the river".
Nota - Se este post não tiver comentários, terei de tomar medidas drásticas.


Vou-te comer... couratinho.


A entremeada foi regada com um branquinho


Três potenciais modelos para o sorriso Pepsodent

Versão feminina do Quarteto Fantástico


A senhora do telemóvel importa-se de desviar...



Agora sim, sem intrusos!

Para quem não esteve presente, deixamos um excerto dos Deolinda. Quem assistir até ao fim ganha um brinde...


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Convidados indesejados

Babas e comichão. Foi este o resultado do mais recente jantar dos Magníficos, que teve lugar no passado domingo num restaurante nas Fontaínhas. Éramos cinco, mas companhia foi coisa que não faltou. A esplanada revelou-se um autêntico pitéu para os mosquitos que nos atacaram impiedosamente.
É claro que uns sofreram mais do que outros, que o digam a Cátia e a Luísa que passados alguns dias ainda padecem dos efeitos nefastos da experiência. O Tiago garante - parece impossível - que vestígios das picadelas foi coisa que não existiu. Já o Manuel, numa noite em que recorreu diversas vezes à sua pose de Deus grego, ficou com uma marca bem visível na testa.
Ao contrário do que possam pensar, garanto-vos que os convidados indesejados não beliscaram em nada o convívio. As amêijoas e o choco frito, o tour exclusivo ao interior de uma viatura 'XPTO' que se farta de salvar vidas, a "viagem" que a Luísa me proporcionou à Patagónia, Terra do Fogo e às pampas, as aulas das poses das divindades helénicas ministradas pelo Manuel e a voltinha que demos antes de nos sentarmos na esplanada em que os mosquitos se banquetearam foram alguns dos momentos do dia.
Para a próxima seria conveniente que comparecessem mais Magníficos. É que dessa forma as picadelas seriam distribuídas por mais pessoas, impedindo a concentração de babas nos corpinhos de apenas cinco!