A nove meses da inauguração do Centro Comercial Alegro muita gente vaticina a morte do comércio tradicional em Setúbal. Não concordo. Em primeiro lugar porque nunca houve na cidade uma grande superfície do género e a Baixa, por diversas razões, há muito tempo se encontra moribunda (mesmo sem Alegro). Além disso, pesando todos os argumentos a favor e contra, acredito que são muitos mais os benefícios do que as desvantagens da abertura do centro comercial (o primeiro do género numa área geográfica que abrange os concelhos de Setúbal e Palmela).
À semelhança do que acontece em muitas cidades do país, a baixa de Setúbal é, sem dúvida, uma sombra da que me recordo da minha infância e, até, adolescência. Vários prédios devolutos, lojas encerradas, placas que anunciam venda e aluguer são às dezenas...
As pessoas que percorrem as ruas da zona histórica são uma ínfima parte das que me recordo de o fazerem há uns anos atrás. Apesar do cenário triste com que por vezes nos deparamos nalguns recantos, conseguimos, de vez em quando, ser surpreendidos. Hoje foi aqui.
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