
É possível simpatizar com uma personagem de uma série de televisão que na primeira temporada mata o irmão, na segunda a amante e na terceira o melhor amigo? Se a sua resposta é não, é porque não conhece Dexter Morgan.
Michael C. Hall, que já tinha comprovado o seu talento no magnífico "Sete Palmos de Terra", interpreta um meticuloso investigador forense que nas horas vagas, e às vezes nas de expediente, elimina os criminosos que a Justiça não puniu.
A terceira temporada da série, de 12 episódios cada, chegou ontem ao fim na FOX. Resta-me aguardar pela estreia da 4.ª temporada de "Dexter" para voltar a ser cúmplice do serial-killer mais fascinante que o pequeno écrã já me deu a conhecer.
A razão de Dexter ser, para mim, um objecto de culto deve-se a dois motivos: elenco irrepreensível (todos os secundários são únicos e inesquecíveis, incluíndo muitos dos que são eliminados) e o trabalho inteligente dos argumentistas.
Se alguém me perguntar onde estive nas últimas semanas, de segunda a sexta-feira, entre as 23:52 e 00:40, tenho um alibi de respeito: Dexter.