De quatro em quatro anos realizam-se os Jogos Olímpicos e renovam-se os desejos de conquistas. Hoje, graças aos canoístas Fernando Pimenta e Emanuel Silva, Portugal evitou (o que já quase todos esperávamos) deixar Londres como regressou de Barcelona em 1992, ou seja, de mãos a abanar.
Na hora de eleger o mais emocionante e melhor momento que vivi até hoje não hesito: recuo 16 anos e viajo até Atlanta. Pois é, nem Carlos Lopes (não tenho qualquer memória do ouro ganho em Los Angeles) nem Rosa Mota (não assisti em direto ao triunfo na maratona), em Seul, me marcaram da mesma forma que o fez Fernanda Ribeiro nos 10 000 metros.
Apesar do orgulho que senti ao ver o triplo salto de ouro de Nélson Évora em Pequim, nem de perto nem de longe, vibrei como o fiz com a fantástica corrida da fundista. Fecho os olhos e consigo visualisar a luta travada na pista com a chinesa Wang Junxia. Com um final de prova demolidor e uma ultrapassagem impensável, Fernanda Ribeiro arrancou para a vitória e fez-me vibrar - qual golo de Portugal na final de um Mundial de Futebol - como nunca o fiz nos Jogos Olímpicos.
Um dos momentos mais brilhantes do desporto português
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