segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Amor e muito mais


Amor e dor são indissociáveis neste filme extraordinário

Vi mais uma das obras que estão nomeadas para o Óscar de melhor filme (falta ver dois dos nove nomeados): "Amor", de Michael Haneke. O filme provoca um misto de sentimentos. É sensível e é duro. É ternurento, mas, ao mesmo tempo, doloroso. Um autêntico murro no estômago. A felicidade de um casal octogenário é abalada por um acidente cardiovascular. O amor é testado pela dependência e demência progressivas. O filme aborda o tema da velhice e a consciência da morte.
Michael Haneke, que ganhou com este filme a Palma de Ouro na última edição do Festival de Cannes, está nomeado para o Óscar de melhor realizador e argumentista. Sem beliscar os méritos de Haneke, "Amor" deve quase tudo aos actores Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva. Os protagonistas do filme são portentosos a desempenhar o casal constituído por Georges e Anne, respectivamente.
Com este filme, a francesa Emmanuelle Riva - que há poucas horas bateu a concorrência nos BAFTA ao conquistar o troféu de melhor actriz - fez história ao tornar-se, aos 85 anos, a mais velha intérprete a ser nomeada para o Óscar. A 24 de Fevereiro, dia em que se realiza a cerimónia da Academia, Riva celebra 86 anos. Apesar de pouco provável, o Óscar seria uma prenda justa por um papel dificílimo e tocante. Por falar em (in)justiça, o seu co-protagonista (Jean-Louis Trintignant) tem uma prestação merecedora de todas as distinções, mas a Academia, incompreensivelmente, assim não o entendeu.

1 comentário:

Vanessa disse...

I have got to see it :)