Depois de "Amor dos Babuínos", resolvi pegar nos livros que me foram oferecidos no aniversário. Num ápice li "No teu deserto", de Miguel Sousa Tavares, e, se dúvidas existissem, o senhor tem mesmo o dom da escrita. Sendo filho da mãe, não admira! Pena é que Sousa Tavares não deixe a tarefa de comentador para se dedicar em exclusivo à escrita.
Estou agora com "O Caderno", de José Saramago. Sou daqueles que papa-os todos! Após a descoberta da obra-prima "Ensaio Sobre a Cegueira", tornei-me admirador do senhor. Era impossível que tal não acontecesse depois de tamanho murro no estômago me ter deixado knock-out e ávido por outras tareias igualmente brutais. O registo de "O Caderno" é o de um diário de bolgue, ou melhor, de bordo, que se lê com imenso prazer.
Nestes livros, como n' "O que Sócrates diria a Woody Allen" - não está esquecido - gosto de ler as mensagens escritas por quem me presenteou com estes mimos.
As eleições legislativas já foram, vêm aí as autárquicas. Como sou daqueles que valoriza o acto de votar, talvez pelas experiências relatadas pelos que me são próximos e viveram num período em que ir às urnas era utópico, anseio pelo próximo sufrágio.
Já não há pachorra para as "escutas", nem para os recados trocados entre Cavaco e Sócrates, para o comunicado deplorável do PR ao país (what the hell was that?!), nem para os submarinos... É evidente que tudo isto cheira mal, muito mal! É apenas mais um reflexo do País que somos.
Ontem, quatro Magníficos foram ao Charlot ver "Elegia", filme realizado por Isabel Coixet e interpretado por Ben Kingsley e Penelope Cruz. Um filme triste, que nos faz pensar e reflectir. Sabe bem ver filmes assim.
Por último, quero deixar-vos uma sugestão. Vale a pena clicar no link abaixo e ver o vídeo. Trata-se da festa de lançamento da 24.ª temporada da "Oprah" - nos EUA é Deus no céu e a Oprah Winfrey na terra - feita nas ruas de Chicago. Os convidados eram os Black Eyed Peas e tinham uma surpresa para a apresentadora norte-americana. Quem assistir até ao fim e disser que não teve vontade de dançar, está a mentir à descarada!
http://www.chatadegalocha.com/2009/09/black-eyed-peas-oprah-20-mil-loucos-d/
(Nota - Acho que o blogue "chata na galocha", além de ter um nome bem catita, tem um vídeo com qualidade superior ao do youtube)
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Amor dos Babuínos
Várias vezes ouço o recado de que a qualidade dos posts inseridos no blogue tem deixado muito a desejar.
Pois bem, serve o presente para tentar elevar o nível - antes que fique irremediavelmente hipotecado - e corresponder às expectativas de um ou dois leitores mais exigentes do Saudinha.
Quero-vos falar de "Amor dos Babuínos", primeiro romance de Miguel Cardoso Pereira, que tive a oportunidade de ler nas férias. Convém esclarecer que só cheguei a este livro por ser colega de profissão do autor e não por termos qualquer grau de parentesco, apesar da coincidência do apelido.
Quem acompanha o trabalho do Miguel ou com ele priva, como é o meu caso, há muito lhe reconhece o talento. Era mais do que evidente que as linhas escritas diariamente no jornal eram insuficientes para albergar as suas capacidades.
Ao ler "Amor dos Babuínos" custa acreditar que o autor ainda não completou 30 anos. A destreza com que o Miguel desfia o novelo do enredo é admirável. A estória fala-nos de amor e morte. De inseguranças e conflitos. De um homem e uma mulher. As vidas entrelaçam-se... e mais não digo!
A maturidade patente na escrita e as emoções suscitadas nas páginas do romance agarram-nos pelos colarinhos e, por vezes, pelas entranhas. «Podia ser eu», pensei em mais do que uma ocasião. Vão por mim: existem razões mais do que suficientes para partir à descoberta de um autor que tem tudo, garanto-vos, para dar muito que falar.
Nota - O livro foi publicado pela editora 'Temas Originais' e tem um custo de 10 euros. Vale cada cêntimo.
Nota 2 - Não consigo decidir que livro ler a seguir. Há três possibilidades: "O Caderno", "No teu deserto" e "O que Sócrates diria a Woody Allen".
Nota 3 - Na terceira hipótese de leitura, o Sócrates em causa é o filósofo grego e não o engenheiro (?) português.
Pois bem, serve o presente para tentar elevar o nível - antes que fique irremediavelmente hipotecado - e corresponder às expectativas de um ou dois leitores mais exigentes do Saudinha.
Quero-vos falar de "Amor dos Babuínos", primeiro romance de Miguel Cardoso Pereira, que tive a oportunidade de ler nas férias. Convém esclarecer que só cheguei a este livro por ser colega de profissão do autor e não por termos qualquer grau de parentesco, apesar da coincidência do apelido.
Quem acompanha o trabalho do Miguel ou com ele priva, como é o meu caso, há muito lhe reconhece o talento. Era mais do que evidente que as linhas escritas diariamente no jornal eram insuficientes para albergar as suas capacidades.
Ao ler "Amor dos Babuínos" custa acreditar que o autor ainda não completou 30 anos. A destreza com que o Miguel desfia o novelo do enredo é admirável. A estória fala-nos de amor e morte. De inseguranças e conflitos. De um homem e uma mulher. As vidas entrelaçam-se... e mais não digo!
A maturidade patente na escrita e as emoções suscitadas nas páginas do romance agarram-nos pelos colarinhos e, por vezes, pelas entranhas. «Podia ser eu», pensei em mais do que uma ocasião. Vão por mim: existem razões mais do que suficientes para partir à descoberta de um autor que tem tudo, garanto-vos, para dar muito que falar.
Nota - O livro foi publicado pela editora 'Temas Originais' e tem um custo de 10 euros. Vale cada cêntimo.
Nota 2 - Não consigo decidir que livro ler a seguir. Há três possibilidades: "O Caderno", "No teu deserto" e "O que Sócrates diria a Woody Allen".
Nota 3 - Na terceira hipótese de leitura, o Sócrates em causa é o filósofo grego e não o engenheiro (?) português.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Ir para fora cá dentro
Face à impossibilidade de enviar um postal para cada um dos (assíduos) leitores do blogue, decidimos partilhar algumas imagens das nossas férias. Mais uma vez, rumámos a Norte e recolhemos imagens e experiências que prometem perdurar na nossa memória.
Como nos disse a funcionária da bilheteira do Palácio do Buçaco, essa personagem inesquecível: "bom dia e boa continuação".
Como nos disse a funcionária da bilheteira do Palácio do Buçaco, essa personagem inesquecível: "bom dia e boa continuação".
Barril de Alva
As margens do Rio Alva ajudaram a refrescar os dias
Não é uma casa na pradaria, mas sim na floresta
Piscina fluvial em estado puro
Vila Cova de Alva
A aldeia pousou ao meu lado para a fotografia
Sandomil
Sandomil
Buçaco
O Palácio do Buçaco, tal como a Quinta da Regaleira, foi arquitectado por Luigi Manini
sábado, 5 de setembro de 2009
Vindimar ao som dos Deolinda
3 de Setembro (quinta-feira), Festa das Vindimas, Palmela.
Meus amigos, foi um regabofe dos grandes! Meia dúzia de Magníficos lançaram os foguetes e apanharam as canas todinhas. Quatro sadinos rumaram a Palmela para se encontrarem com duas 'palmeloas' e o reencontro, garanto-vos, valeu bem a pena. Até vimos o palmelão mais famoso do país, o "vocês sabem de quem é que eu estou a falar" Octávio Machado.
Que me perdoem todos os presentes, incluindo os Deolinda - que deram um espectáculo para mais tarde recordar -, mas a grande atracção da noite foi a nossa querida Rute. Pois é, apesar de ausente dos nossos reencontros e do cansaço bem visível, trouxe uma energia fantástica à grande noite: saltou, gritou e aplaudiu entusiasticamente. Perante tamanho incentivo, fizemos os possíveis por redobrar a nossa tarefa de contribuir para o espectáculo durante o concerto. Só visto...
Antes do concerto, não puderam faltar os comes e bebes. Eu e o Tiago não tivemos rivais na hora do repasto. O Tiago bateu-se com uma entremeada um pouco mais grossa do que seria desejável, enquanto eu mandei vir uma bela sandocha de courato. Bem que pedi os pelinhos do porco, mas a barba do courato até que estava bem feitinha! Deliciosa...
A Raquel - continuamos à espera da visita à Quinta da Regaleira (promessas!) - conseguiu despistar as manas para se juntar a nós com a sua eloquência de sempre.
A Jaqueline, que olhou para mim no momento da degustação do courato com uma expressão de incredulidade indescritível ("como é possível alguém gostar disso aí!", terá pensado), trouxe à reunião a doçura habitual.
Quem também se juntou a nós, via telemóvel, foi o Girino, que durante muito tempo foi um dos entusiastas da ida a Palmela para assistir ao concerto dos Deolinda. Razões profissionais não permitiram a sua presença física.
Já agora, aproveitamos para desejar bom trabalho a todos os que contribuem por estes dias para a produtividade do país, enquanto nós nos refastelamos "by the river".
Nota - Se este post não tiver comentários, terei de tomar medidas drásticas.
Vou-te comer... couratinho.
A entremeada foi regada com um branquinho
Meus amigos, foi um regabofe dos grandes! Meia dúzia de Magníficos lançaram os foguetes e apanharam as canas todinhas. Quatro sadinos rumaram a Palmela para se encontrarem com duas 'palmeloas' e o reencontro, garanto-vos, valeu bem a pena. Até vimos o palmelão mais famoso do país, o "vocês sabem de quem é que eu estou a falar" Octávio Machado.
Que me perdoem todos os presentes, incluindo os Deolinda - que deram um espectáculo para mais tarde recordar -, mas a grande atracção da noite foi a nossa querida Rute. Pois é, apesar de ausente dos nossos reencontros e do cansaço bem visível, trouxe uma energia fantástica à grande noite: saltou, gritou e aplaudiu entusiasticamente. Perante tamanho incentivo, fizemos os possíveis por redobrar a nossa tarefa de contribuir para o espectáculo durante o concerto. Só visto...
Antes do concerto, não puderam faltar os comes e bebes. Eu e o Tiago não tivemos rivais na hora do repasto. O Tiago bateu-se com uma entremeada um pouco mais grossa do que seria desejável, enquanto eu mandei vir uma bela sandocha de courato. Bem que pedi os pelinhos do porco, mas a barba do courato até que estava bem feitinha! Deliciosa...
A Raquel - continuamos à espera da visita à Quinta da Regaleira (promessas!) - conseguiu despistar as manas para se juntar a nós com a sua eloquência de sempre.
A Jaqueline, que olhou para mim no momento da degustação do courato com uma expressão de incredulidade indescritível ("como é possível alguém gostar disso aí!", terá pensado), trouxe à reunião a doçura habitual.
Quem também se juntou a nós, via telemóvel, foi o Girino, que durante muito tempo foi um dos entusiastas da ida a Palmela para assistir ao concerto dos Deolinda. Razões profissionais não permitiram a sua presença física.
Já agora, aproveitamos para desejar bom trabalho a todos os que contribuem por estes dias para a produtividade do país, enquanto nós nos refastelamos "by the river".
Nota - Se este post não tiver comentários, terei de tomar medidas drásticas.
Vou-te comer... couratinho.
A entremeada foi regada com um branquinho
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Convidados indesejados
Babas e comichão. Foi este o resultado do mais recente jantar dos Magníficos, que teve lugar no passado domingo num restaurante nas Fontaínhas. Éramos cinco, mas companhia foi coisa que não faltou. A esplanada revelou-se um autêntico pitéu para os mosquitos que nos atacaram impiedosamente.
É claro que uns sofreram mais do que outros, que o digam a Cátia e a Luísa que passados alguns dias ainda padecem dos efeitos nefastos da experiência. O Tiago garante - parece impossível - que vestígios das picadelas foi coisa que não existiu. Já o Manuel, numa noite em que recorreu diversas vezes à sua pose de Deus grego, ficou com uma marca bem visível na testa.
Ao contrário do que possam pensar, garanto-vos que os convidados indesejados não beliscaram em nada o convívio. As amêijoas e o choco frito, o tour exclusivo ao interior de uma viatura 'XPTO' que se farta de salvar vidas, a "viagem" que a Luísa me proporcionou à Patagónia, Terra do Fogo e às pampas, as aulas das poses das divindades helénicas ministradas pelo Manuel e a voltinha que demos antes de nos sentarmos na esplanada em que os mosquitos se banquetearam foram alguns dos momentos do dia.
Para a próxima seria conveniente que comparecessem mais Magníficos. É que dessa forma as picadelas seriam distribuídas por mais pessoas, impedindo a concentração de babas nos corpinhos de apenas cinco!
É claro que uns sofreram mais do que outros, que o digam a Cátia e a Luísa que passados alguns dias ainda padecem dos efeitos nefastos da experiência. O Tiago garante - parece impossível - que vestígios das picadelas foi coisa que não existiu. Já o Manuel, numa noite em que recorreu diversas vezes à sua pose de Deus grego, ficou com uma marca bem visível na testa.
Ao contrário do que possam pensar, garanto-vos que os convidados indesejados não beliscaram em nada o convívio. As amêijoas e o choco frito, o tour exclusivo ao interior de uma viatura 'XPTO' que se farta de salvar vidas, a "viagem" que a Luísa me proporcionou à Patagónia, Terra do Fogo e às pampas, as aulas das poses das divindades helénicas ministradas pelo Manuel e a voltinha que demos antes de nos sentarmos na esplanada em que os mosquitos se banquetearam foram alguns dos momentos do dia.
Para a próxima seria conveniente que comparecessem mais Magníficos. É que dessa forma as picadelas seriam distribuídas por mais pessoas, impedindo a concentração de babas nos corpinhos de apenas cinco!
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