Não, não vos vou anunciar uma prequela de "2012", filme catástrofe (a evitar) de Roland Emmerich. 2010 é o novo ano e, para não destoar dos anteriores, é momento de renovar desejos, perseguir novas e velhas aspirações e lutar pelos sonhos que acalentamos.
Há já quem faça planos para o próximo Natal e quem anuncie resoluções (que quase sempre não surtem efeito). Outros, como há dias ouvi, anseiam apenas pela chegada do Mundial de futebol...
Com o avançar da idade, naturalmente, amadurecemos. Constatamos que os mais velhos, que antes criticávamos e cujas prioridades não compreendíamos, tinham muitas vezes a razão do seu lado.
Na hora de formular desejos - mesmo sem comer passas - a Saúde é rainha e princesa em simultâneo. Só partindo daí todos os outros sonhos poderão concretizar-se e fazer sentido. O contrasenso entre formular desejos e a época natalícia é evidente, uma vez que nas semanas antes e depois do arranque do ano os abusos são mais do que muitos e os maus tratos infligidos à preciosa Saudinha são aterradores.
Sonhos, filhózes, bolos rei, troncos, torta de laranja, lampreia, fatias douradas, arroz doce, bolo de côco e sericaia foram apenas (!) algumas das doces tentações com que me cruzei nas casas de familiares mais próximos que frequentei.
Além da doçaria há todo um admirável mundo de pratos principais: bacalhau, peru recheado e cataplana de peixe. Antes houve patés, queijos e um sem fim de iguarias que servem apenas para aumentar os riscos de doenças cardiovasculares e de subir perigosamente os níveis de colestrol. Já deu para ver o filme! Anda uma pessoa 350 dias no ano a comer sopinha de legumes às refeições, a não beber refrigerantes e a não abusar dos doces para, nos restantes 15 dias, borrar a pintura por completo.
Noutros casos, apesar de não me incluir nesta categoria, junte-se o stress da correria às lojas nos dias e horas que antecedem o dia 25 para adquirir as prendas de última hora e decidir o que oferecer e a quem.
Ouvi há dias que as emoções do reencontro das famílias ajuda a explicar o aumento do número de vítimas de enfartes e doenças afins neste período. Ou muito me engano ou esta não será a única razão existente para explicar as fatalidades.
Aproveito para desejar a todos os amigos, colegas, curiosos e perdidos que por aqui passem um 2010 com muita saúde. Como diz o anúncio: «Podíamos viver sem saúde? Podíamos, mas não era a mesma coisa!»
1 comentário:
Sem saúde, família e claro...amigos...
Que 2010 seja um ano muito feliz para vocês, amigo :)
Beijinhos.
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