sábado, 16 de janeiro de 2010

Noves fora nada


Quatro Magníficos assistiram esta semana à ante-estreia do musical Nove, de Rob Marshall, no Freeport de Alcochete. O filme não deslumbrou (Chicago é superior) e creio que, apesar de alguns bons momentos protagonizados por Daniel Day-Lewis, Penélope Cruz e, sobretudo, pela francesa Marion Cotillard, não é merecedor de estar entre os candidatos ao Oscar de melhor filme, que serão anunciados a 2 de Fevereiro.
Antes do visionamento do filme - aproveitando tudo a que tínhamos direito - fomos as estrelas maiores de um cocktail, com paletes de sushi, em que estiveram presentes algumas figuras públicas da nossa praça. Ficámos encandeados de ver tanto flash por metro quadrado! O magnetismo do quarteto devia ser insuportável para os fotógrafos de serviço e para as vedetas do burgo. Não é que vinham todos pousar ao nosso lado! Ninguém se surpreenda se nos vir nas páginas de uma qualquer revista cor de rosa. Qual Rita Pereira, qual Maria João Bastos, qual Rita "Playboy" Mendes!



Menos de 24 horas depois, ainda não refeitos de tanta "flashada", os mesmos protagonistas foram ao minimalista e acolhedor Teatro de Bolso assistir à 111.ª produção do Teatro de Animação de Setúbal (TAS): A Lenda da Moura Encantada, adaptada e encenada por Fernando Gomes.
O musical - sim, é um musical - conta uma história de tradição popular, passada em Setúbal, junto à Porta do Sol, perto do Miradouro, no século XIV. Segundo a lenda, uma bela moura, que vivia nessa zona com a família, porque se apaixonou por um pescador, foi encantada pelo seu pai, que a encerrou, declarando que a filha só tornaria a ser vista quando no mundo acabasse a miséria e a inveja.
Ao contrário do que se possa pensar, não se trata de uma tragédia ao estilo de Romeu e Julieta nem do Amor de Perdição entre Simão e Teresa. As duas horas passam num ápice, a diversão é garantida e as piscadelas de olho a todos os que estão familiarizados com o universo setubalense não nos deixam indiferentes. A dimensão do sala de teatro - não cabe num bolso comum, mas quase caberia no de Gulliver - permite-nos observar todos os detalhes, cruzarmos olhares permanentemente com os protagonistas, rirmo-nos juntos e semearmos cumplicidade de forma pouco usual.
Célia David, Isabel Ganilho, Maria Simões, Maria Sobral, Sónia Martins, Susana Brito, Duarte Victor, José Nobre e Miguel Assis são os nove actores que trabalham em palco que nem mouros.
A direcção vocal do espectáculo é de Nuno Batalha, a coreografia de Luís Sousa, composição e arranjos musicais de Quim Tó, cenografia de Luís Valido e figurinos de Zé Nova.

1 comentário:

Unknown disse...

Olá Ricardo,

Gostei do filme (Penélope Cruz estava poderosa e Marion Cotillard, magnífica) apesar de ter gostado mais da peça, está sim foi um supresa muito boa! Fartei-me de rir!
Obrigada pelos convites e que venham mais filmes e peças, sempre podem contar com minha presença.
Adoro vossa companhia,admiro-vos!

Beijinhos no coração.
Jaque