segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

(Des)espero


Há dias em que pagar as compras é um teste à paciência. Este fim-de-semana foi um desses casos.
Depois de uma rápida avaliação ao número de pessoas e quantidade de compras que as mesmas têm nos carrinhos e cestinhos, optei por uma caixa que tinha "apenas" duas pessoas à frente.
Nessa altura, já tinha os bilhetes para o cinema e estava tranquilo. "Vai dar para fazer tudo nas calmas", pensei eu.
Disponho os artigos que tinha comigo no tapete e espero, espero, (des)espero. Há o ditado que diz "quem espera sempre alcança", mas também há outro que diz "quem espera desespera"! Está-se mesmo a ver o que estava para acontecer.
O código de barras não está a dar (espero), a funcionária faz um telefonema (espero), chega a menina dos patins (espero), leva o artigo (espero), traz o artigo (espero), resolve o problema (estava a ver que não!).
Já faltou mais. Só já tenho uma pessoa à minha frente e vai pagar só um fato de Carnaval de criança (penso para com os meu botões: o Entrudo já foi para que raio quer o homem uma fantasia fora de época). O objecto de plástico de segurança não sai (espero), a funcionária pega num separador das compras e martela literalmente o dito cujo (espero), martela de novo (espero), lá consegue (ufa), a etiqueta de promoção de 5 euros foi colada sobre o código de barras (espero e desespero), pega no telefone (espero), menina dos patins leva o artigo (espero), traz o artigo (espero), resolve o problema.
Resultado: como detesto entrar na sala de cinema depois do filme começar (acho que só aconteceu uma vez na minha vida), já não tive tempo de ir colocar as compras ao carro. Levo-as comigo para a sala. Afinal, não fiz nada nas calmas.

1 comentário:

Vanessa disse...

Quanto mais depressa mais devagar...já diz o adágio popular... E em Portugal DEVAGAR ganha toda uma nova dimensão...
Inspira, expira...