terça-feira, 23 de abril de 2013

Livros da minha vida


Celebra-se hoje o Dia Mundial do Livro. Tal como quando falamos de filmes, é uma missão impossível eleger os livros da minha vida. A cada autor e obra que descubro - neste momento estou a ler um que me está a encher as medidas de tão bom que é -, tenho a certeza de que o melhor ainda está por ler.
Muitas obras poderiam figurar no meu top. As três escolhas que se seguem podem soar demasiado óbvias e nem tenho a certeza de terem sido os melhores livros desfolhei. No entanto, afirmo, sem hesitar, que os que se seguem foram, por razões diferentes, três dos mais marcantes.



Troika de luxo

"Os Maias”, Eça de Queirós"

Li-o contrariado porque fazia parte das obras obrigatórias no secundário. Ao olhar para o calhamaço só pensava nas horas em que não iria jogar futebol com os meus amigos e na quantidade filmes que poderia ver nesse período de seca. Puro engano! Graças ao génio de Eça de Queirós, a história de Carlos da Maia e Maria Eduarda perdura até hoje. Admitir na altura que tinha gostado muito do livro era razão para ser ostracizado, com justa causa, pela malta cool (leia-se parva) da turma. Eu fi-lo e – estava enganado – não fui excluído por ninguém.

“Ensaio Sobre a Cegueira”, José Saramago

Num autor de eleição havia muito por onde escolher. Esta é, no entanto, a minha obra preferida. Li-o há cerca de 15 anos e nunca um livro me marcou de forma tão vincada. Transportado para um mundo em que o pior da natureza humana vem ao de cima, vi-me aflito a cada página e transportado para uma cidade em que todos (excepto a mulher do médico), sem explicação, cegam. Ter esta obra-prima autografada pelo próprio Saramago é um bónus.


“O Retrato de Dorian Gray”, Oscar Wilde

O escritor irlandês criou um dos clássicos incontornáveis da literatura universal. Depois de conhecer Dorian Gray fiquei com a certeza de que aquele que vier um dia a possuir o elixir da juventude terá um elevado preço a pagar. Talvez o exercício físico, a alimentação saudável e uma vida regrada sejam as melhores receitas para adiar o inevitável envelhecimento. Gosto tanto do livro que tremo de pavor sempre que se fala de uma adaptação cinematográfica.

Sem comentários: