quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

1Q84


A minha primeira vez com o japonês Haruki Murakami

A determinada palavra associamos muitas outras. É assim que funcionamos em relação a quase tudo. Ao pensar em Japão vêm-me à ideia samurais, geishas, kimonos, Tóquio, Hiroshima, Quioto, Mitsubishi, Toyota, Nissan, iene, Yakuza, Kurosawa, karate, judo, sumo, Monte Fuji, sushi, manga, Toshiba...
A estes conceitos junta-se agora um novo sempre que pensar no país do sol nascente: Haruki Murakami. Já há algum tempo ouvira falar do criador de "Norwegian Wood", mas não tinha ainda tido oportunidade de ler nada de sua autoria. No Natal, recebi de presente "1Q84". Nas últimas semanas todos os bocadinhos eram aproveitados para acompanhar cada passo de Aomame e Tengo, as duas personagens principais do romance.
Sempre que levo um livro para onde quer que vá é sinal de que estou MESMO a gostar de o ler. Não me esqueço do dito cujo em casa, não me queixo do seu peso, acompanha-me sempre. Leio em pé, sentado, deitado. Já perceberam a ideia, certo?
Se me perguntarem o que é que tem de tão fascinante a escrita de Murakami, não consigo responder de forma concreta. Não é inédita a sensação de ser agarrado logo nas primeiras páginas, de querer ler só mais um bocadinho e de torcermos incondicionalmente pelas personagens (sobretudo se uma delas for uma espécie de Dexter no feminino).
Ao desfolhar as páginas de "1Q84" viajei até Tóquio, aprendi inúmeras coisas relacionadas com a cultura nipónica, deparei-me com uma realidade que, em muitos aspectos, está presente, apesar de frequentemente dissimulada, nas sociedades actuais.
Não são só Aomame e Tengo que nos suscitam interesse na obra. A construção do enredo em torno de personagens ainda mais enigmáticas, como a de Fuka-Eri, enriquecem sobremaneira a narrativa.
O livro que terminei de ler é o primeiro de uma trilogia. O segundo será editado em Portugal em breve. Resta-me esperar. Tenho quase a certeza de que vai valer a pena. Entretanto, enquanto não é lançado, não sei se vou conseguir resistir a trazer um livro de Murakami na próxima visita que fizer à Fnac.

2 comentários:

Pedro disse...

Essa do dexter no feminino está bem vista!

Bruno Martins disse...

Pois Ricardo!!
Como dizem na contra-capa... "cria dependência".

Já leste mais algum dele?
Qual aconselhas?
vou dar uma vista de olhos pelo teu blogue. Obrigado pela visita ao meu.

ab
BM