terça-feira, 28 de julho de 2009

Sete com tudo a que têm direito…

"Lunch atop a Skyscraper" (New York Construction Workers Lunching on a Crossbeam) é uma famosa fotografia captada por Charles C. Ebbets durante a construção do edifício Rockefeller Center em 1932.
Nota - Quem esteve no jantar no Sancho Pança reconhece a imagem.

Quem não esteve presente no passado jantar de domingo, pode estar a perguntar-se o que quer dizer “sete com tudo a que têm direito”. É que esta foi uma das frases mais repetidas ao longo do repasto.
Pão de alho com tudo a que tínhamos direito, os crepes XL com todas as molhangas a que tínhamos direito, por mais que tivéssemos que esperar por eles (e não pensem que foi pouco tempo - o que vale é que valeu a pena a espera, não foi Girino?), mas, sobretudo, gargalhadas temperadas de amizade (e canela, não é Luísa?) como todos temos direito…
Os que não estiveram leram bem: sim, fomos só sete Magníficos. Por uma ou outra razão, muitos não puderam estar presentes, mas não se preocupem porque TODOS os ausentes foram, sem excepção, caluniados e difamados.
A Sandra, por exemplo, já sabe que tem a cabeça a prémio na sessão de paintball proposta pelo nosso Manuocean (para quando não sabemos, até porque as sugestões manuelinas têm sempre prazos MUITOOO dilatados – é o que te vale pexita!)
Relembrou-se também a ida à Quinta da Regaleira (ideia da Raquel) e uma ida ao Kartódromo de Palmela para diversão a alta velocidade (mais uma proposta manuelina).
Por falar em actividades radicais, sabem que a Luísa saltou de pára-quedas? Pois é, a nossa alentejanita mostrou de que fibra é feita e conquistou os ares de Évora! Prometeu foto para o Saudinha.
Com tanta conversa e agitação, as fotos foram sendo adiadas e com a saída repentina para um serviço da nossa equipa médica, acabámos por não ficar com registos fotográficos, a não ser repetidas fotos do Girino com os olhos fechados, que o Saudinha achou por bem (e para o resguardar de situações potencialmente embaraçosas) não revelar.
Dora, Jaqueline, Manuel, Ricardo, Luísa, Cátia, Girino: sete com tudo a que tiveram direito mas com muitas saudades dos restantes oito que ficaram a dever

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Jesus Monteiro

Não é novidade nenhuma saber que de situações desagradáveis podem resultar experiências que nos tocam de forma especial. Sem entrar em grandes pormenores, para não correr o risco de me tornar maçador, adianto apenas que o episódio em questão se deveu a uma avaria no carro.
Não, não foi o meu "Boguinhas" que me deixou pendurado. Aliás, nunca o fez e acredito piamente que tal não irá suceder pois tem os cuidados do melhor médico da especialidade que conheço e que o trata como se fosse da família (o sr. Indalécio).
Voltando à avaria, que aconteceu em plena Rua da Madalena, Lisboa, apesar dos indícios de má disposição da máquina terem disparado ainda antes da Praça do Comércio, a espera pelo reboque foi um pouquinho exasperante. Valeu estar acompanhado - por mais estranho que à distância me possa parecer - pelo melhor duo que podia ter naquele momento. Entre nós, pudemos desabafar sem filtros, comentar os transeuntes que desciam e subiam a rua e, imagine-se, até sorrir (a vontade de gargalhadas não era grande, até porque o último episódio de "Equador" já era!).
Já no reboque, a caminho da Cova da Piedade, tive a melhor terapia que podia ter naquele momento.
(telemóvel toca)
- Oi mor, como você tá? (...) A tensão está assim tão alta! Faz o seguinte: faz um chá de camomila e toma meio comprimido, é o melhor. Às 05h30 eu estou em casa e depois vemos como está a sua tensão. Beijo... (imaginem um sotaque brasileiro)
Posso dizer que depois deste telefonema fiquei a saber que o problema de tensão da senhora agravou-se com a chegada da menopausa. Ao contrário do que seria normal, não senti o tradicional "o que é que tenho a ver com isso". A conversa fluiu. Falámos de variadíssimos assuntos. Portugal, Brasil, Setúbal, Rio Grande do Sul (o sotaque revelava as origens), Castelo Branco, nordeste brasileiro. Falei-lhe de uma conterrânea, a Jaqueline, que conheci há pouco tempo. Pensei para com os meu botões que o Rio Grande do Sul deve ser a capital da "gente boa"...
Nunca 40 minutos com uma pessoa com quem estive pela primeira vez na vida me souberam tão bem. Desconforto? Nem um pouco. Empatia imediata, isso sim!
Antes de chegarmos ao destino perguntou-me se ia ficar na Cova da Piedade. Disse-lhe que tinha o meu carro a cerca de 10 quilómetros da oficina onde iríamos deixar o carro avariado. Lamentou da forma mais franca que se possa imaginar não poder levar-me, uma vez que as distâncias percorridas são monotorizadas ao mílímetro. Se fosse a dois ou três quilómetros, disse...
Tal como o meu barbeiro, o sr. Janeiro, atrás da sua tesoura, constatei que por detrás de um volante de um reboque está uma pessoa interessantíssima com quem não me importava nada de cruzar mais vezes na vida. Pena não poder, ao contrário da cadeira do sr. Janeiro, que sei bem onde fica, dispensar, de tempos a tempos, para uns dedos de prosa enriquecedora, a companhia do sr. do reboque que mora em Caneças.
Antes de nos despedirmos fiz questão de dizer-lhe que tinha sido um prazer conhecê-lo e que, se não se importasse, gostaria de saber o seu nome. Está no título.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Pexitos = sesimbrenses


Ser pexito(a) é...

- Trocar o fim das palavras acabadas em ‘o' por 'e' ('sogre', 'filhe', 'mercade', 'lence de papel', 'lixe', 'campe', 'pexite', etc.);
- tratar toda a gente por 'balhão', 'soce' e 'pariga';
- Começar todas as frases com 'epá' e acabar com 'estatão';
- Não saber que existe o sufixo 'lhe', e quando é preciso usá-lo dizer coisas como 'diz a ele', 'dá a ela', 'fiz a eles';
- Estar sempre bêbado;
- Andar à porrada com pessoal de fora no Carnaval;
- Passear na marginal (do Caneiro à Doca e da Doca ao Caneiro);
- Dizer coisas como 'epá balhão, pa córas é qué o avise?' (tradução: “epá balhão, a que horas vamos para o mar”);
- Estudar na Escola Secundária de Sampaio;
- Gozar com as pessoas de Setúbal chamando-as 'caga-leites';
- Vestir roupa nova na Festa das Chagas;
- Ir à praça comprar ovas de choco e juntar-se com os amigos, fritar as ovas e beber cerveja à tarde no sábado.


Além dos pexitos e pexitas, há muito mais para ver em Sesimbra. As duas imagens que se seguem são elucidativas.


Praia Ribeiro do Cavalo
Dizem que o acesso é difícil, mas deve valer a pena! Vai um mergulho? (Foto: CMS)

Bacalhau ao léu
Antes de ir para o tacho convém arejar o dito cujo, pendurando-o com um par de molas colorido! A imagem foi captada há dias num rés-do-chão junto à sede da "Escola de Samba Bota no Rego", pertinho da Casa do Benfica de Sesimbra. (Foto: V.L.)

Acham piada ao nome da Escola de Samba? De facto, ninguém pode acusar os pexitos de falta de originalidade. Além da "Bota no Rego", há a "Trepa no Coqueiro", os "Saltaricos do Castelo" (este é um nome corriqueiro, admito) e os grupos "Tripa Cagueira", "Tripa Mijona" e "Bigodes de Rato"!
Não é por nada, mas eu torço pelos "Bigodes" para a coisa não cheirar mal...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Palavras para quê?

Mais do que textos, quem visita o blogue quer mesmo é ver os bonecos. Resolvi respeitar a malta que apenas quer ver se ficou bem ou mal na fotografia... Já sei o que a Sandra vai dizer: "só escolhem as fotos em que eles estão bem!" Tivessem mais cuidado no momento de posar...
O último encontro foi na passada sexta-feira e os locais eleitos já eram nossos conhecidos. Apesar de não ter sido possível reunir todos os "Magníficos", desta vez contámos com a presença da fugidia Raquel e do (quase em estágio) António. O Tiago, para variar, deu-nos música à última da hora e o João, apesar de ausente, fez questão de nos cumprimentar telefonicamente. Para quem não esteve, eis algumas fotos da noite.


Sim, aquela pessoa atrás do copo é mesmo a Sandra!

Ponham-se a pau com a Raquel! Esta foto não era para entrar. Ups, temos pena!

Eu bem avisei que os olhos estavam fechados!

Tudo ao molho e Fé em Deus

?!?! Peçam explicações ao Girinovsky!

No meio da estrada é mais bonito!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

What's Up, Doc?

Mais do que um comment, a ocasião merece um post. O nosso Manuel - the one and only - decidiu em boa hora deixar a sua marca no "Como Vai a Saudinha" (o título não podia ser mais apropriado para o senhor doutor!).
Se eu mandasse não serias apenas o futuro presidente da Ordem dos Médicos, mas o próximo vencedor do Prémio Nobel. Já estou a ver a notícia: «Depois de Egas Moniz e José Saramago, Manuel de Alcobia e Sousa torna-se o terceiro português a receber a distinção (quero o exclusivo)».
Para o ramalhete ficar completo só falta mesmo um dia o Bruno deixar a sua marca no blogue. Prometo que terá honras de post.
Para os mais distraídos, aqui fica o comentário do nosso Manuel feito por ocasião do post alusivo ao filme Terminator.

manuocean disse...
Olá pessoal. Pois é, o grande manuocean finalmente decide participar no espirito do blog, directamente da urgência de São José (já to a ver: aqueles médicos em vez de trabalhar põem-se no computador a ver sabe-se lá o quê...) Na verdade foram, por um lado o comentário da Sandra a excluir-me completamente por não participar do blog, e por outro o excelente sentido de oportunidade do Ricardo ao comentar o quarto filme de uma das minhas sequelas sagradas, "Terminator", que me fizeram dar este primeiro passo. A todos beijos e abraços grandes. Tb adorei as fotos no "Cores e Sabores". Luisinha, eu e tu partimos a loiça toda, mesmo menos bem cheirosos e cansados como o... Inté pessoal... e toca a combinar qq coisa Cátia - confio na tua energia!
4 de Julho de 2009 22:17

terça-feira, 7 de julho de 2009

Dá-lhe Forte!

A primeira edição do Arrábida World Music Festival proporcionou uma experiência única a todos os que estiveram no Forte de São Filipe nos passados dias 3 e 4 de Julho.
Dos "15 magníficos", quatro marcaram presença no evento que permitiu contactar com músicas provenientes dos quatro cantos do mundo. Como em qualquer espectáculo do género, há momentos que nos tocam de forma especial. A possibilidade de ouvir sonoridades diametralmente opostas, mas com mais em comum do que seria óbvio pensar, é uma experiência enriquecedora. Apesar de desconhecidos até então, há intérpretes que passamos a admirar, mas também há outros de que simplesmente não gostamos. É impossível sentirmo-nos indiferentes.
Uns preferiram os sons do Sahara dos malianos Tinariwen, enquanto outros se renderam à energia contagiante dos norte-americanos Heavy Trash.
O AWMF foi muito mais do que música. Foi uma vista deslumbrante para a cidade, a lua, Tróia e o Sado. Foi uma aventura pelas catacumbas do Forte. Foi o hidromel (era bem bom, Tiago) e o pão com chouriço.
Tal como dizia o slogan do Festival, este Verão, houve mais na Arrábida para além da praia.

Até deu para viajar pelas entranhas do Forte

Imaginem estes senhores aos pulos no palco!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Agenda Cultural

Depois de assistir há dias, no Grande Auditório do CCB, a Sonho de Uma Noite de Verão, partitura musical de Felix Mendelssohn baseada na obra de William Shakespeare, outros eventos estão já marcados na agenda.
Ao espectáculo da Orquestra de Câmara Portuguesa, sob a direcção do maestro Pedro Carneiro e com a participação especial da actriz Beatriz Batarda, segue-se o Arrábida World Music Festival. Hoje e amanhã rumamos ao Forte de São Filipe para umas noites que prometem durar até de madrugada. A música originária dos quatro cantos do mundo é apenas um dos muitos atractivos de uma festa que promete ser rija e com uma panorâmica única.
Last but not least, vem o teatro com O Deus da Matança, baseado na obra de Yasmina Reza, com encenação de João Lourenço, e que conta com as interpretações de Joana Seixas, Paulo Pires, Sérgio Praia e Sofia de Portugal.
A sinopse da peça conta-se em poucas linhas:
Dois rapazes andaram à pancada depois da escola e um deles partiu dois dentes ao outro. Os pais encontram-se para falar sobre o incidente, mas, quando o começam a discutir a fundo, a situação torna-se cada vez mais tensa. Pequenas insinuações passam a ofensas verbais e físicas. E é assim que uma tarde entre pessoas civilizadas acaba de maneira inesperadamente pouco civilizada. A autora francesa Yasmina Reza analisa aqui o universo da família e as discrepâncias entre o ser e o parecer, com a mistura de leveza e seriedade, humor e crítica social que lhe é característica.
Fonte: Site oficial do Teatro Aberto

Promete...

Já fui ao Grande Auditório do CCB

Arrábida World Music Festival: Eu vou!

Também vou ao Teatro Aberto