Two thumbs up! Agora sim, sou um homem realizado. Durante anos habituei-me a ver críticos de cinema utilizar esta expressão para classificar filmes de qualidade superior, hoje é a minha vez. "50/50" não é a primeira obra que vejo em 2011 que merece ambos os polegares para cima, mas é o primeiro que partilho convosco.
Estão a ver aqueles filmes que têm tudo no sítio certo, que nos fazem rir e comover sem excessos dramáticos e bandas sonoras à James Horner para puxar à lágrima? Este é um desses casos. A sinopse conta-se em poucas palavras: Adam, de 27 anos, descobre que tem cancro e as possibilidades de sobrevivência são exactamente as mesmas que dão nome ao filme.
Déjá vu, certo? Errado e por várias razões. A começar pelo argumento inteligente de Will Reiser cuja doença na vida real inspirou-o na ficção. Depois há as excelentes interpretações dos protagonistas: Joseph Gordon-Levitt (lembram-se do rapazinho de "O Terceiro Calhau a contar do Sol"?), a mãe Anjelica Huston - atenção à cena protagonizada por ambos antes da entrada para o bloco operatório -, o Amigo (com "A" maiúsculo) Seth Rogen, que com a dose certa de loucura ajuda o amigo a manter-se à tona, e a doce psiquiatra Anna Kendrick.
Além de tudo isto, somos embalados por uma exclente banda sonora. Todos os acordes soaram-me estar no sítio certo e encaixaram com uma luva (sem o tal exagero melodramático) nos diferentes momentos vividos ao longo da pouco mais de hora e meia que 50/50 tem de duração.
Agora, deixem lá o computador um bocadinho e vão até ao cinema. Quem não estiver para isso, ponha o dedo indicador a fazer exercício e faça o download do filme. Garanto-vos que, pelo menos, um thumb up vocês vão pôr.
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