segunda-feira, 30 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Os Vingadores
Rendo-me
A presença de Scarlett Johansson num filme é razão de sobra para dar um pulo ao cinema. Ninguém acredita se disser que gosto de a ver pelas qualidades evidenciadas na representação, por isso, admito, que outros atributos (inegáveis) também me fazem acompanhar com atenção a carreira da actriz.
Desta vez, planeio vê-la como Viúva Negra (e Natasha Romanoff) em "Os Vingadores", filme que estreou em Portugal na quinta-feira. Quando se juntam o Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, entre outros, é sinal de que há sarilhos dos grandes e não vou querer perder pitada do assunto.
Duas coisas são certas: não vou estar na primeira fila (esse é um lugar que detesto ocupar na sala de cinema), mas vou lá estar.
A presença de Scarlett Johansson num filme é razão de sobra para dar um pulo ao cinema. Ninguém acredita se disser que gosto de a ver pelas qualidades evidenciadas na representação, por isso, admito, que outros atributos (inegáveis) também me fazem acompanhar com atenção a carreira da actriz.
Desta vez, planeio vê-la como Viúva Negra (e Natasha Romanoff) em "Os Vingadores", filme que estreou em Portugal na quinta-feira. Quando se juntam o Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, entre outros, é sinal de que há sarilhos dos grandes e não vou querer perder pitada do assunto.
Duas coisas são certas: não vou estar na primeira fila (esse é um lugar que detesto ocupar na sala de cinema), mas vou lá estar.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Kafka... a Oeste do Sol
Adorei "A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol". Talvez por ter ainda bem presentes as palavras escritas por Haruki Murakami, sinto-me tentado a dizer que foi, até agora, o meu livro preferido do autor. Corro o risco de ser injusto com "1Q84 (volumes 1 e 2)", "Norwegian Wood" e "Sputnik, meu Amor", obras que li anteriormente e que me cativaram sem reservas.
Em "A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", a narrativa absorveu-me de tal forma que não descansei enquanto não cheguei ao desfecho da história. O livro está cheio de momentos maravilhosos entre os protagonistas Hajime e Shimamoto. Aos 12 anos eram os melhores amigos, mas o destino separa-os. O reencontro dá-se 25 anos depois e a partir daí nada será como dantes e tudo o que tinham como certo deixa de o ser.
A história é simples, mas nada ligeira. O japonês revela-se, mais uma vez, um exímio artesão na construção de narrativas. Se todos os livros que ler durante a minha vida tiverem o mesmo impacto e me causarem as mesmas sensações que este, direi sempre, ao chegar à última linha, do último parágrafo, da última página, que valeu a pena.
"A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", em homenagem a «South of the Border, West of the Sun», tema de Nat King Cole, começa assim:
Nasci a 4 de Janeio de 1951. Que é como quem diz: na primeira semana do primeiro mês da segunda metade do século XX. Uma coisa, imagino, digna de ser comemorada, razão pela qual os meus pais me deram o nome de Hajime - que, em japonês, significa «princípio».
Se perguntarem que livro vou ler em seguida, ninguém adivinha. No entanto, aposto, que se a pergunta for qual o autor todos acertam. Com uma imagem respondo às duas questões: a difícil e a fácil.
Há quem diga que este é o melhor de Murakami. A ver vamos...
Em "A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", a narrativa absorveu-me de tal forma que não descansei enquanto não cheguei ao desfecho da história. O livro está cheio de momentos maravilhosos entre os protagonistas Hajime e Shimamoto. Aos 12 anos eram os melhores amigos, mas o destino separa-os. O reencontro dá-se 25 anos depois e a partir daí nada será como dantes e tudo o que tinham como certo deixa de o ser.
A história é simples, mas nada ligeira. O japonês revela-se, mais uma vez, um exímio artesão na construção de narrativas. Se todos os livros que ler durante a minha vida tiverem o mesmo impacto e me causarem as mesmas sensações que este, direi sempre, ao chegar à última linha, do último parágrafo, da última página, que valeu a pena.
"A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", em homenagem a «South of the Border, West of the Sun», tema de Nat King Cole, começa assim:
Nasci a 4 de Janeio de 1951. Que é como quem diz: na primeira semana do primeiro mês da segunda metade do século XX. Uma coisa, imagino, digna de ser comemorada, razão pela qual os meus pais me deram o nome de Hajime - que, em japonês, significa «princípio».
Se perguntarem que livro vou ler em seguida, ninguém adivinha. No entanto, aposto, que se a pergunta for qual o autor todos acertam. Com uma imagem respondo às duas questões: a difícil e a fácil.
Há quem diga que este é o melhor de Murakami. A ver vamos...
segunda-feira, 23 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Rafeiros Leais
Um amigo alertou-me para a existência da Associação de Protecção Animal, "Amigos do Ruas - Rafeiros Leais", que passa por tremendas dificuldades. Animais maltratados e abandonados chegam à instituição e precisam urgentemente de ajuda. Um pequeno contributo pode fazer toda a diferença.
Rações, mantas, medicamentos, coleiras, detergentes, são algumas das coisas que podem fazer chegar ao ponto de recolha oficial da Associação: a loja Bray Martins, em Setúbal, junto ao Minipreço e hospital de São Bernardo (Rua General Gomes Freire, n.º 148).
Existe também a possibilidade de contribuir com donativos através do NIB 0045 5450 4024 6271 11705 (Caixa Agrícola).
Rações, mantas, medicamentos, coleiras, detergentes, são algumas das coisas que podem fazer chegar ao ponto de recolha oficial da Associação: a loja Bray Martins, em Setúbal, junto ao Minipreço e hospital de São Bernardo (Rua General Gomes Freire, n.º 148).
Existe também a possibilidade de contribuir com donativos através do NIB 0045 5450 4024 6271 11705 (Caixa Agrícola).
Amigos improváveis
Um filme maravilhoso.
Imperdível! O filme "Amigos Improváveis", escrito e realizado por Olivier Nakache e Eric Toledano, está ainda nas salas de cinema e, garanto-vos, vale MESMO a pena cada um dos cêntimos que se possa pagar pelo bilhete. O ano passado rendi-me a "Pequenas Mentiras entre Amigos", em 2012 já encontrei um sucessor. Em comum têm o facto de serem filmes franceses - até parece que sou um intelectual que nunca vai a uma sala de cinema ver blockbusters - e de terem François Cluzet como protagonista.
Gostei tanto, mas tanto, do filme que me parece impossível que exista alguém que o vá ver e que não pense o mesmo que eu e os milhões de pessoas que já o viram. Eis uma daquelas obras que tem o condão de nos fazer reflectir, divertir e enternecer. Não posso deixar de mencionar o actor co-protagonista Omar Sy, que dá vida a Driss, o empregado resoluto que se transforma em Amigo do patrão Philippe. O argumento do filme é baseado numa história verídica. Ainda bem que não é apenas ficção.
Imperdível! O filme "Amigos Improváveis", escrito e realizado por Olivier Nakache e Eric Toledano, está ainda nas salas de cinema e, garanto-vos, vale MESMO a pena cada um dos cêntimos que se possa pagar pelo bilhete. O ano passado rendi-me a "Pequenas Mentiras entre Amigos", em 2012 já encontrei um sucessor. Em comum têm o facto de serem filmes franceses - até parece que sou um intelectual que nunca vai a uma sala de cinema ver blockbusters - e de terem François Cluzet como protagonista.
Gostei tanto, mas tanto, do filme que me parece impossível que exista alguém que o vá ver e que não pense o mesmo que eu e os milhões de pessoas que já o viram. Eis uma daquelas obras que tem o condão de nos fazer reflectir, divertir e enternecer. Não posso deixar de mencionar o actor co-protagonista Omar Sy, que dá vida a Driss, o empregado resoluto que se transforma em Amigo do patrão Philippe. O argumento do filme é baseado numa história verídica. Ainda bem que não é apenas ficção.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Adeus Irina
A modelo Irina Shayk, conhecida por ser a sucessora de Nereida Gallardo - actual namorada de Quinaz (para quem não sabe: jogador do Desportivo das Aves) -, passou hoje por Lisboa para promover a Intimissimi. Segundo o Diário de Notícias, a presença da modelo russa lançou a "confusão na Rua Augusta".
À chegada à loja, a namorada de Cristiano Ronaldo, que se fartou de dar entrevistas e autógrafos e tirar fotografias, houve bastante alarido. No interior do estabelecimento, os fãs (nunca tanto homem entrou ao mesmo tempo numa loja especializada em lingerie) juravam a pés juntos aos jornalistas que "Irina é perfeita".
Depois de Istambul, Madrid e Lisboa, a manequim, de 26 anos, continua o périplo em Intimissimis de Moscovo e Londres. No caso de Portugal, é caso para dizer adeus e bem-haja.
Irina na Sports Illustrated
À chegada à loja, a namorada de Cristiano Ronaldo, que se fartou de dar entrevistas e autógrafos e tirar fotografias, houve bastante alarido. No interior do estabelecimento, os fãs (nunca tanto homem entrou ao mesmo tempo numa loja especializada em lingerie) juravam a pés juntos aos jornalistas que "Irina é perfeita".
Depois de Istambul, Madrid e Lisboa, a manequim, de 26 anos, continua o périplo em Intimissimis de Moscovo e Londres. No caso de Portugal, é caso para dizer adeus e bem-haja.
Irina na Sports Illustrated
Para os sportinguistas
A presença na final da Liga Europa ainda não está garantida, mas o Sporting voltou ontem a escrever mais uma página na sua bonita história e os seus adeptos têm razões para estar orgulhosos. Não vou ser hipócrita e dizer que fiquei radiante com o triunfo (justíssimo) sobre o Athletic de Bilbau. Sinto exactamente o mesmo que sentiria se no lugar dos leões estivessem águias ou dragões. Não me aquece nem me arrefe. Fiquei satisfeito, isso sim, por ver a forma abnegada como a equipa do cada vez mais sereno Sá Pinto (!) encarou o jogo e pelo facto de ver o seu esforço recompensado.
Depois de ter deixado há uns dias umas imagens alusivas a momentos históricos dos dois grandes de Lisboa, partilho convosco mais três bilhetes mágicos do emblema leonino:
Depois de ter deixado há uns dias umas imagens alusivas a momentos históricos dos dois grandes de Lisboa, partilho convosco mais três bilhetes mágicos do emblema leonino:
quinta-feira, 19 de abril de 2012
No ginásio
Quando vou ao ginásio faço por ser apenas um figurante num filme com muitos actores secundários e alguns (felizmente poucos) candidatos a estrelas. As pessoas incluídas nas duas primeiras categorias adoptam uma postura discreta: dizem "bom dia", trocam um sorriso (de quando em vez), pedem ajuda no manuseamento de alguma máquina, fazem o que é suposto fazer num ginásio, dizem "até amanhã", e vão à sua vida.
Não sei se os homens e mulheres com os quais partilho o mesmo espaço num período do dia são casados ou divorciados, se têm filhos ou enteados, nem qual a sua ocupação profissional. Não sei, nem tenho qualquer interesse em saber. Não quero com isto dizer que não entenda os que são mais curiosos, comunicativos, e que têm no ginásio a possibilidade de colocar a "escrita em dia" e conviver. Nalguns casos, acredito que algumas das pessoas que o frequentam vêem no tempo de "malhação" uma forma de combater a solidão.
Num ginásio, os homens falam como se estivessem no café e debruçam-se sobre os mesmos temas de sempre: carros, futebol, mulheres, trabalho... No balneário, além de debaterem quais os melhores suplementos existentes no mercado para "encorpar mais depressa", há os que gostam de partilhar com o amigo com o qual frequentam o ginásio questões relacionadas com a sua vida pessoal: a gaja que anda agora a ver e que é melhor do que a brasileira que antes visitava.
Estejam descansados que não vou reproduzir aqui o palavreado distinto que foi utilizado na conversação. Talvez o melhor termo seja "comício", já que só faltou usar um megafone para que todos ouvissem as suas estórias partilhadas em elevados decibéis (isto apesar de o som ser abafado pelo barulho dos chuveiros, cacifos, etc).
Entre as inúmeras pérolas proferidas, destaco apenas uma: "isto está bom é para ser o outro. Os maridos que as aturem!". O que eu me pergunto é: como é que é possível existir neste mundo alguém capaz de aturar tamanha boçalidade?
Não sei se os homens e mulheres com os quais partilho o mesmo espaço num período do dia são casados ou divorciados, se têm filhos ou enteados, nem qual a sua ocupação profissional. Não sei, nem tenho qualquer interesse em saber. Não quero com isto dizer que não entenda os que são mais curiosos, comunicativos, e que têm no ginásio a possibilidade de colocar a "escrita em dia" e conviver. Nalguns casos, acredito que algumas das pessoas que o frequentam vêem no tempo de "malhação" uma forma de combater a solidão.
Num ginásio, os homens falam como se estivessem no café e debruçam-se sobre os mesmos temas de sempre: carros, futebol, mulheres, trabalho... No balneário, além de debaterem quais os melhores suplementos existentes no mercado para "encorpar mais depressa", há os que gostam de partilhar com o amigo com o qual frequentam o ginásio questões relacionadas com a sua vida pessoal: a gaja que anda agora a ver e que é melhor do que a brasileira que antes visitava.
Estejam descansados que não vou reproduzir aqui o palavreado distinto que foi utilizado na conversação. Talvez o melhor termo seja "comício", já que só faltou usar um megafone para que todos ouvissem as suas estórias partilhadas em elevados decibéis (isto apesar de o som ser abafado pelo barulho dos chuveiros, cacifos, etc).
Entre as inúmeras pérolas proferidas, destaco apenas uma: "isto está bom é para ser o outro. Os maridos que as aturem!". O que eu me pergunto é: como é que é possível existir neste mundo alguém capaz de aturar tamanha boçalidade?
terça-feira, 17 de abril de 2012
Na prisão
"Os Condenados de Shawshank", de Frank Darabont, e o "Presidiário", de Stuart Rosenberg, são dois dos filmes da minha vida. Em comum têm o facto de as acções terem lugar (como os títulos sugerem) em prisões.
Hoje, devido a razões profissionais, tive a oportunidade de entrar pela primeira vez num estabelecimento prisional. Ao contrário de outras ocasiões, como as vividas em visitas a instituições que acolhem crianças ou idosos, confesso que a experiência não me sensibilizou.
Não sei se vi algum Andy Dufresne (protagonista de "Os Condenados de Shawshank" interpretado por Tim Robbins) injustamente detido. Nem pensei nisso um único instante.
Nenhum dos reclusos disse que estava inocente, mas dois deles explicaram as suas detenções de forma curiosa. Um garantiu que tinha sido condenado a 17 anos de prisão devido a um assalto e outro (não especificou a duração da pena) disse que foi condenado porque não pagou uma multa!
Quem disse que a Justiça em Portugal é branda?
Prometheus promete
O novo filme de Ridley Scott tem estreia em Portugal prevista para 7 de Junho. O mais recente trailer é bom. Muito bom. No elenco estão, entre outros, Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron, Guy Pearce e Patrick Wilson. Venham eles.
domingo, 15 de abril de 2012
Colecções
Em criança coleccionava de tudo um pouco. Desse hobby não foram muitos os objectos que me acompanharam até hoje. Vi-me livre de latas (refrigerantes e cervejas...), caixas de fósforos, isqueiros, autocolantes, galhardetes e tantas outras coisas de que agora nem me consigo recordar.
Muito do que ainda hoje guardo comigo está relacionado com futebol. Tenho noção que tenho comigo algumas preciosidades. Bilhetes, por exemplo. Alguns desses objectos têm bastante valor para quem, como eu, gosta de desporto e da modalidade. No futuro, quem sabe, talvez venha a leiloar alguns destes ingressos num site.
Mesmo não tendo presenciado muitos dos jogos de que guardo bilhetes, consigo associar alguns dos pedaços de papel a momentos marcantes na história dos clubes envolvidos. Deixo-vos aqui dois exemplos e prometo, em breve, publicar mais umas imagens, boa?
Bilhete do Benfica-Fortuna Düsseldorf, quartos-de-final da Taça das Taças de 1980/81. Chalana marcou o golo na vitória, 1-0, sobre os alemães
Curioso o aviso do verso do bilhete
Como o Sporting joga esta semana com o Athletic Bilbau na Liga Europa, aqui está um bilhete de quando os leões defrontaram outro emblema basco: a Real Sociedad
Muito do que ainda hoje guardo comigo está relacionado com futebol. Tenho noção que tenho comigo algumas preciosidades. Bilhetes, por exemplo. Alguns desses objectos têm bastante valor para quem, como eu, gosta de desporto e da modalidade. No futuro, quem sabe, talvez venha a leiloar alguns destes ingressos num site.
Mesmo não tendo presenciado muitos dos jogos de que guardo bilhetes, consigo associar alguns dos pedaços de papel a momentos marcantes na história dos clubes envolvidos. Deixo-vos aqui dois exemplos e prometo, em breve, publicar mais umas imagens, boa?
Bilhete do Benfica-Fortuna Düsseldorf, quartos-de-final da Taça das Taças de 1980/81. Chalana marcou o golo na vitória, 1-0, sobre os alemães
Curioso o aviso do verso do bilhete
Como o Sporting joga esta semana com o Athletic Bilbau na Liga Europa, aqui está um bilhete de quando os leões defrontaram outro emblema basco: a Real Sociedad
sábado, 14 de abril de 2012
Tristeza
COMUNICADO
O TAS- Teatro Animação de Setúbal, companhia de teatro profissional desde 1975, a desenvolver actividade regular na cidade, região, distrito de Setúbal e no país, Entidade de Utilidade Pública, Medalha de Mérito da cidade de Setúbal e Membro Honorário da Ordem de Mérito, encontra-se numa situação financeira difícil.
Uma situação decorrente do atraso do pagamento do apoio atribuído e contratualizado em protocolo anual com a autarquia e os cortes de 100% por parte da Secretaria de Estado da Cultura que, em 2012, simplesmente decidiu não abrir Concurso às Artes. As candidaturas de apoio anual e pontual ficaram sem efeito até nova decisão do governo.
A agravar esta situação, acresce a falta de espaços aptos para apresentar espectáculos: o Teatro de Bolso está fechado à espera de obras, o Fórum Municipal Luísa Todi encontra-se em obras, e qualquer outra alternativa como as que temos vindo a utilizar – Convento de Jesus, Museu do Trabalho, Casa Bocage, Cinema Charlot ou Teatro Fontenova – são efémeras, precárias e não permitem rentabilizar a nossa actividade de forma continuada e efectiva.
Temos feito todos os esforços, temos resistido e com boa vontade trabalhamos desde o início do ano sem salário e com muita dedicação, tendo cumprido todas as obrigações contratualizadas (até à data).
Apesar das dificuldades financeiras e consequentes instabilidades pessoais, estreámos uma peça em Março - Pandora Boxe. No entanto, já ultrapassámos todos os limites e não queremos prescindir das condições necessárias para garantir um trabalho com qualidade, coerência e dignidade que, reconhecidamente, temos oferecido à população ao longo de todos estes anos.
Não queremos pôr em causa o nível artístico das nossas produções e queremos continuar a contribuir para o desenvolvimento cultural da cidade. Para isso, é urgente minimizar o risco que corremos de ter que suspender a actividade até que se encontre uma solução.
Lamentamos ter que tomar essa decisão e apelamos à compreensão de todos neste momento “dramático”.
Setúbal, 13 de Abril de 2012
O Presidente da Direcção
Carlos Curto
quarta-feira, 11 de abril de 2012
As minhas equipas
A caminho do título
Quem gosta de futebol tem em diferentes países clubes da sua preferência. Como é natural, incluo-me neste grupo. Nunca me interessou quem são os treinadores nem os jogadores que alinham por essas equipas. Nunca torci por um clube pelo facto de ter no seu plantel o craque A, B ou C ou por esse treinador ou jogador ter a nacionalidade X ou Y.
Assim sendo, eis os emblemas da minha simpatia no Velho Continente:
Espanha - Real Madrid
Inglaterra - Liverpool
Itália - Juventus / Sampdoria
Alemanha - Borussia Dortmund
Nota 1: parece-me desnecessário referir o meu clube português.
Nota 2: não é mera coincidência colocar este post no dia em que o Borussia Dortmund deu, a quatro jornadas do fim da Bundesliga, um passo decisivo para a revalidação do título de campeão alemão, ao bater, no Westfalenstadion, o Bayern Munique, por 1-0.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Brunch na Fábrica
Não sei se já vos tinha dito que gosto muito do conceito de brunch. Tenho aproveitado algumas das minhas últimas visitas à capital para explorar alguns dos estabelecimentos que proporcionam uma combinação entre breakfast e lunch.
Desta vez, testámos o "Café na Fábrica", na LX Factory. Estava tudo óptimo e, mais do que as iguarias, adorei o ambiente tranquilo do espaço. O facto de ser véspera do dia de Páscoa contribuiu com certeza para o facto de termos, quase literalmente, o brunch só para nós.
De seguida, sem pressa, demos um pulo à livraria "Ler Devagar". Esteve-se lá muito bem!
Mesa de brunch no "Café na Fábrica"
Uma perspectiva da livraria "Ler Devagar"
A V esmerou-se e a foto até ficou gira
Desta vez, testámos o "Café na Fábrica", na LX Factory. Estava tudo óptimo e, mais do que as iguarias, adorei o ambiente tranquilo do espaço. O facto de ser véspera do dia de Páscoa contribuiu com certeza para o facto de termos, quase literalmente, o brunch só para nós.
De seguida, sem pressa, demos um pulo à livraria "Ler Devagar". Esteve-se lá muito bem!
Mesa de brunch no "Café na Fábrica"
Uma perspectiva da livraria "Ler Devagar"
A V esmerou-se e a foto até ficou gira
segunda-feira, 9 de abril de 2012
O Grande Gatsby
Quase 17 anos separam as duas leituras
Em 1995, a edição de bolso custou 550 escudos
Em 1995, quando frequentava o 12.º ano de escolaridade, "The Great Gatsby", de F. Scott Fitzgerald, fazia parte das obras de leitura obrigatória de Inglês. Como quase tudo o que nos é imposto, li contrariado e despachei, o mais rápido que pude, as páginas escritas na década de 20 do século XX pelo autor norte-americano.
Quando tinha 18 anos, a literatura clássica não era propriamente uma prioridade para mim. Gostava de ler, mas aquilo que me apetecesse: jornais desportivos, revistas de futebol, livros de História e Geografia estavam entre as minhas preferências. Reconheço agora que poderia ter começado mais cedo a alargar os meus horizontes, mas, na altura, não pensava dessa forma.
Passados quase 17 anos, resolvi reler "O Grande Gatsby". Desta vez porque me apetece fazê-lo e não porque faz parte das obras de leitura obrigatória decretadas pelo Ministério da Educação, pela Escola ou pela senhora professora. "Sonho americano" e "self-made man" são conceitos que associo de imediato ao livro de F. Scott Fitzgerald.
Devo confessar que a recente descoberta de Haruki Murakami levou-me a este regresso a "O Grande Gatsby". O autor, que traduziu para japonês várias obras de Fitzgerald, menciona nalguns dos seus livros o romance americano e esse facto também contribuiu para a releitura de Gatsby.
Descobri também que o realizador australiano Baz Luhrmann, responsável por "Moulin Rouge", vai transpor a obra para cinema ainda este ano. A estreia, segundo o IMDB, está prevista nos Estados Unidos para - se o mundo não acabar antes - 25 de Dezembro. Leonardo Di Caprio, Carey Mulligan e Tobey Maguire darão vida, respectivamente, a Jay Gatsby, Daisy Buchanan e Nick.
domingo, 8 de abril de 2012
Futebolês - parte 2
Na Sexta-Feira Santa, durante mais um jogo de futebol que opôs as equipas de juniores do Vitória e do Benfica (já a 12 de Fevereiro, com os mesmos protagonistas frente-a-frente, o futebolês tinha dado uma boa colheita: http://comovaiasaudinha.blogspot.pt/2012/02/futeboles.html), ouvi mais duas expressões curiosas.
Para o caso de se pretender ofender alguém de forma vulgar grite-se de pulmão cheio "vaso de entulho". Quem quiser ser mais pomposo pode utilizar antes a expressão "vaso de resíduos de construção e demolição", mas duvido que surta o efeito de descompor o visado. Atenção: "vaso de entulho" e "vaso de merda", apesar de poderem parecer à primeira vista, não são sinónimos.
A outra pérola proferida por um espectador, curiosamente (ou não) o mesmo autor da mencionada anteriormente (um gentleman em pessoa), foi "nasceste na lama, mas não gostas de eiroses". Refira-se que a eirós é uma espécie de enguia que vive na lama. Aqui está a prova de que há rufias que podem, em simultâneo, ser autênticos poetas com vastos recursos metafóricos.
sábado, 7 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
Os Jogos da Fome
Corre Katniss, corre...
Devo andar muito distraído! Desconhecia até há bem pouco tempo que "The Hunger Games - Os Jogos da Fome" é um fenómeno literário à escala mundial.
A adaptação da obra de Suzanne Collins ao cinema está - também dei uma ajudinha - a bater recordes de bilheteira em todo o mundo.
A permissa da história não é nova, mas prende o espectador: 24 jovens participam nos Jogos para lutarem entre si até à morte. Ah, o evento é transmitido em directo na televisão.
Da minha parte, o filme de Gary Ross tem nota positiva. Além da acção e de ser visualmente muito apelativo, o que mais contribuiu para o resultado final foi a escolha de Jennifer Lawrence, que veste a pele da protagonista Katniss Everdeen.
domingo, 1 de abril de 2012
Desconcertante
Utilizo no título uma expressão tantas vezes utilizada pelo crítico João Lopes para vos falar de "Shame - Vergonha". O filme, realizado por Steve McQueen, acompanha um homem que depende de sexo para se manter à tona em Nova Iorque, cidade em que exerce um cargo de destaque numa empresa.
Michael Fassbender é genial a interpretar Brandon. Por detrás de uma máscara de autocontenção, está um homem a viver no limite, preso num vício. A luta constante entre um medo incontrolável de intimidade (amor?) e a ânsia de sexo levam-no a viver de encontros ocasionais com estranhos.
A rotina de Brandon é quebrada pela chegada da sua irmã Sissy que vai abalar o (aparente) autocontrolo evidenciado até aí. A actriz Carey Mulligan está excelente - atenção à cena em que canta "New York, New York" - e pode orgulhar-se para sempre do trabalho realizado em 2011. É que além de "Shame", a inglesa participou na obra-prima "Drive" ao lado de Ryan Gosling.
A estrela do filme é, no entanto, Michael Fassbender. Sem a sua fabulosa interpretação (o actor despe-se, literalmente, física e emocionalmente), "Shame" não teria resultado. O sofrimento de Brandon é palpável para o espectador. Assistimos em privado ao que se passa na sua intimidade e vemos no seu rosto e gestos o sofrimento noutras ocasiões vislumbrados em toxicodependentes.
Partilho convosco uma das cenas que me ficou na retina. No metro, há atracção, sedução e... vejam por vós.
Michael Fassbender é genial a interpretar Brandon. Por detrás de uma máscara de autocontenção, está um homem a viver no limite, preso num vício. A luta constante entre um medo incontrolável de intimidade (amor?) e a ânsia de sexo levam-no a viver de encontros ocasionais com estranhos.
A rotina de Brandon é quebrada pela chegada da sua irmã Sissy que vai abalar o (aparente) autocontrolo evidenciado até aí. A actriz Carey Mulligan está excelente - atenção à cena em que canta "New York, New York" - e pode orgulhar-se para sempre do trabalho realizado em 2011. É que além de "Shame", a inglesa participou na obra-prima "Drive" ao lado de Ryan Gosling.
A estrela do filme é, no entanto, Michael Fassbender. Sem a sua fabulosa interpretação (o actor despe-se, literalmente, física e emocionalmente), "Shame" não teria resultado. O sofrimento de Brandon é palpável para o espectador. Assistimos em privado ao que se passa na sua intimidade e vemos no seu rosto e gestos o sofrimento noutras ocasiões vislumbrados em toxicodependentes.
Partilho convosco uma das cenas que me ficou na retina. No metro, há atracção, sedução e... vejam por vós.
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