quarta-feira, 25 de abril de 2012

Kafka... a Oeste do Sol

Adorei "A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol". Talvez por ter ainda bem presentes as palavras escritas por Haruki Murakami, sinto-me tentado a dizer que foi, até agora, o meu livro preferido do autor. Corro o risco de ser injusto com "1Q84 (volumes 1 e 2)", "Norwegian Wood" e "Sputnik, meu Amor", obras que li anteriormente e que me cativaram sem reservas.
Em "A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", a narrativa absorveu-me de tal forma que não descansei enquanto não cheguei ao desfecho da história. O livro está cheio de momentos maravilhosos entre os protagonistas Hajime e Shimamoto. Aos 12 anos eram os melhores amigos, mas o destino separa-os. O reencontro dá-se 25 anos depois e a partir daí nada será como dantes e tudo o que tinham como certo deixa de o ser.
A história é simples, mas nada ligeira. O japonês revela-se, mais uma vez, um exímio artesão na construção de narrativas. Se todos os livros que ler durante a minha vida tiverem o mesmo impacto e me causarem as mesmas sensações que este, direi sempre, ao chegar à última linha, do último parágrafo, da última página, que valeu a pena.

"A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", em homenagem a «South of the Border, West of the Sun», tema de Nat King Cole, começa assim:
Nasci a 4 de Janeio de 1951. Que é como quem diz: na primeira semana do primeiro mês da segunda metade do século XX. Uma coisa, imagino, digna de ser comemorada, razão pela qual os meus pais me deram o nome de Hajime - que, em japonês, significa «princípio».

Se perguntarem que livro vou ler em seguida, ninguém adivinha. No entanto, aposto, que se a pergunta for qual o autor todos acertam. Com uma imagem respondo às duas questões: a difícil e a fácil.

Há quem diga que este é o melhor de Murakami. A ver vamos...

3 comentários:

Vanessa disse...

Tantos livrinhos para eu depois ler :)))

M. João Lourenço disse...

É bom não esquecer «Crónica do Pássaro de Corda»...

Por alguma (boa) razão, o romance até há bem pouco tempo
que o autor indicava como sendo o preferido
(depois de forçado a escolher, claro).

mjl

Ricardo disse...

Obrigado pela sugestão. Não sabia que esse era o preferido do autor... É só (!) mais um que entra para a lista :)