domingo, 2 de outubro de 2011

Amor, estúpido e louco

Steve Carell e Julianne Moore. Almas gémeas?


Gosto muito de Steve Carell e Ryan Gosling, mas gosto ainda mais de Marisa Tomei e Julianne Moore. Tê-los junto num filme é meio caminho andado para dar um saltinho ao cinema. Em boa hora o fiz porque "Amor, estúpido e louco" é mais do que a comédia que aparenta ser para quem se limita a look at the trailer.

Façam como eu e deixem as expectativas elevadas junto à bilheteira, pensem apenas em passar duas horas agradáveis em boa companhia e abstraiam-se das notícias do dia-a-dia. Comigo funcionou e no final só me ocorreu dizer: "ainda bem que viemos".

A permissa é simples e recorrente: a mulher (Moore) revela ao marido (Carell) que o traiu e que quer o divórcio ao fim de 25 anos de casamento. O marido resignado, mas tem dificuldade em gerir a ideia, refugia-se num bar onde conhece um engatatão (Gosling), que promete transformá-lo de modo a reconquistar a sua "alma gémea".

É claro que estão lá os clichés do costume - até uma das personagens o reconhece quando começa a chover num momento em que era expectável que isso acontecesse - e alguns exageros típicos de comédias românticas protagonizadas por Jennifer Aniston ou Katherine Heigl. Perto do final há também uma revelação (de parentesco) que parece forçada, mas, mesmo assim, o filme nunca descamba.

Há cenas marcantes como o momento "Dirty Dancing", a reunião dos pais com a professora (Tomei) e - para mim o momento mais bonito do filme - o do telefonema nocturno para ajudar a ligar o quadro da electricidade. Há também o filho Robbie (interpretado por Jonah Bobo) que está perdidamente apaixonado pela babysiter Jessica (Analeigh Tipton), que, claro, está mais interessada no pai de Robbie.

Apesar de estar claramente uns furos abaixo de "Little Miss Sunshine - Uma família à beira de um ataque de Nervos" (mais um título estúpido), que curiosamente passou numa madrugada deste fim-de-semana na TVI, momentos houve - não me refiro apenas à presença de Carell - em que vislumbrei alguma da sensibilidade presente nesse filme de 2006.

Ah, as (e os) apreciadoras de Ryan Gosling vão ter oportunidade de vê-lo num papel em que mostra os resultados do trabalho feito no ginásio. «Até parece que tem photoshop», exclama a personagem interpretada pela belíssima Emma Stone.

"Amor, estúpido e louco", escrito por Dan Fogelman e realizado por Glenn Ficarra e John Requa, está em cartaz desde 22 de Setembro e promete continuar mais umas semanas.

1 comentário:

Vanessa disse...

Ora cá está algo que me apetece muito ir ver em breve e a descrição que fazes ajuda a ter mais vontade (apesar de todos os clichés inerentes a este tipo de comédia mas Carell, Gosling, Moore e Tomei valem sempre a pena e são um selo de qualidade!).