Tal como esperava – é importante não ter expectativas elevadas quando se tratam de adaptações de best-sellers à Sétima Arte –, a mais recente obra de Ron Howard está muito longe de ser memorável. É apenas, o que já não é mau, um filme que cumpre o objectivo de entreter e que, por isso mesmo, merece nota positiva.
Apesar de o considerar superior ao anterior “O Código Da Vinci”, baseado também num romance de Dan Brown, trata-se de um daqueles filmes que não apelam tão cedo a um revisionamento. Vê-se e está visto.
Esqueçamos os atropelos históricos, as incongruências no argumento, a banda sonora previsível, a antimatéria que pode causar um holocausto e o twist final que nada surpreende. O mais importante é tornar o enredo apelativo, com simbologias, teorias e fantasias que prolonguem ao máximo a atenção do espectador. Se exceptuarmos as pessoas que vão para a sala de cinema cheias de sono, o objectivo de manter o interesse é alcançado.
Confesso que o que mais gostei no filme foi a possibilidade de visualizar, por mais encenados e irreais que sejam, os rituais do conclave que antecedem a nomeação de um Papa. Apreciei também o trabalho realizado com os cenários, sobretudo, se pensar que a produção não foi autorizada a filmar intramuros no Vaticano.
Tom Hanks, secundado pelos sempre competentes Armin Mueller-Stahl e Stellan Skarsgärd, volta a vestir a pele de Robert Langdon. É claro que não estamos perante uma personagem com o carisma de um Indiana Jones, apesar dos altos e baixos da série protagonizada por Harrison Ford.
Já que falamos do mais famoso arqueólogo, falemos também do mais conhecido espião. É que a “Anjos e Demónios” não falta o momento à la James Bond protagonizado, pasme-se, pelo camareiro do Papa, interpretado por Ewan McGregor! É vê-lo de batina pilotar um helicóptero para salvar os milhares de fiéis que aguardam no Vaticano pelo anúncio Habemus Papam.
As falhas no filme não são, nem de perto nem de longe, suficientes para arrasá-lo. É claro que quase todos os críticos do burgo afirmam que “Anjos e Demónios” é «de fugir», um filme intragável e sem ponta por onde se lhe pegue.
Com as óbvias diferenças, recordo que os detractores são os mesmos que recentemente escreveram uma torrente de atrocidades sobre “Slumdog Millionaire”. É a prova, se dúvidas existissem, de que nem sempre os podemos levar a sério.
Apesar de o considerar superior ao anterior “O Código Da Vinci”, baseado também num romance de Dan Brown, trata-se de um daqueles filmes que não apelam tão cedo a um revisionamento. Vê-se e está visto.
Esqueçamos os atropelos históricos, as incongruências no argumento, a banda sonora previsível, a antimatéria que pode causar um holocausto e o twist final que nada surpreende. O mais importante é tornar o enredo apelativo, com simbologias, teorias e fantasias que prolonguem ao máximo a atenção do espectador. Se exceptuarmos as pessoas que vão para a sala de cinema cheias de sono, o objectivo de manter o interesse é alcançado.
Confesso que o que mais gostei no filme foi a possibilidade de visualizar, por mais encenados e irreais que sejam, os rituais do conclave que antecedem a nomeação de um Papa. Apreciei também o trabalho realizado com os cenários, sobretudo, se pensar que a produção não foi autorizada a filmar intramuros no Vaticano.
Tom Hanks, secundado pelos sempre competentes Armin Mueller-Stahl e Stellan Skarsgärd, volta a vestir a pele de Robert Langdon. É claro que não estamos perante uma personagem com o carisma de um Indiana Jones, apesar dos altos e baixos da série protagonizada por Harrison Ford.
Já que falamos do mais famoso arqueólogo, falemos também do mais conhecido espião. É que a “Anjos e Demónios” não falta o momento à la James Bond protagonizado, pasme-se, pelo camareiro do Papa, interpretado por Ewan McGregor! É vê-lo de batina pilotar um helicóptero para salvar os milhares de fiéis que aguardam no Vaticano pelo anúncio Habemus Papam.
As falhas no filme não são, nem de perto nem de longe, suficientes para arrasá-lo. É claro que quase todos os críticos do burgo afirmam que “Anjos e Demónios” é «de fugir», um filme intragável e sem ponta por onde se lhe pegue.
Com as óbvias diferenças, recordo que os detractores são os mesmos que recentemente escreveram uma torrente de atrocidades sobre “Slumdog Millionaire”. É a prova, se dúvidas existissem, de que nem sempre os podemos levar a sério.
8 comentários:
Descrição perfeita.... mais nada a dizer :):)
Ricardo perfeito!!!
Eu... vi atentamente o filme e não sei se partilho da mesma opinião eheh ;)
Escreves mesmo bem ...
Concordo plenamente contigo amigo (desnaturado mas amigo...), o filme vê-se, entretém, está muito longe de ser memorável mas creio que se formos para a sala a esperarmos apenas puro entretenimento, não ficamos desiludidos. Isto é tudo uma questão de gestão das expectativas.
Vê-se com umas belas pipocas ao lado, sai-se bem-disposto e xixi e cama que amanhã é dia de trabalho. Um pouco isto né?
Beijinhos da amiga NÃO desnaturada!
Boa tarde!
Queridos colegas espero que se encontrem de óptima saúde.
Ricardo, partilho da tua opinião.
Concordo com a Sandra quando diz que escreves bem... escreves de uma forma admirável.
Assim todos os jornalistas o fizessem.
Penso que tens todas as possibilidades de seres um bom comentador televisivo e um excelente colunista em revistas no que concerne à tua especialidade( desporto,cinema, etc).
A Kátia também escreve muito bem.
A Sandra estava atenta apesar do seu ar ensonado e naturalmente tem uma opinião divergente.
Abraço e beijos
António
Devo confeçar que até certo ponto concordo contigo Ricardo, mas por outro lado, temos que ter em atenção que é definitavemente a escrita de Dan Brown, o mesmo se irá passar c "Conspiração" e por aí fora. Não sei se tendo como base a obra de "Anjos e Demónios", se poderiam ter realizado o filme de uma outra forma mais memorável, se o assim podemos dizer!
Neste preciso momento estou UM POUCO ARRELIADA pelo facto de não ter sido a 1ª a comentar este post!
Incrível e impressionantemente, tudo o que poderia assinalar já foi mencionado, pois partilho n só da tua opinião, Ricardo, como das opiniões sobre a tua opinião ;)
Frustrações à parte...confesso que estava ansiosa pela tua "atenta" crítica à película!
Não sei como o dizer de outra forma, mas partilho exactamente a mesma opinião.
De qualquer modo, a minha ávida curiosidade sobre o filme prendia-se inteiramente ao argumento. Sou uma adepta de documentários sobre esta temática...aliás, recomendo vivamente a quem partilha o mesmo "vício", que veja o documentário "Anjos e Demónios". Embora partilhe o mesmo título com o recém-estreado filme, é-lhe independente. Mas se gostam de revelações controversas e polémicas, não podem deixar de o ver!
ookk
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